Nascer em dia de sol, sentir-se aquecido, viver a
vida oferecida, reclamar nos choros sofridos, as fal-
tas que nos tiram o sono.
Apender a falar, a perceber os atos proibidos e
obedecer. Perder-se no emaranhado dos jogos, palavras
perdidas, soltas, sem sentido.
Extravasar no lamento solitário que se impôe na
liberação. Envergonhar-se das fraquezas postas a mostra,
como dor de ferida aberta.
Render-se a dor sofrida nesses tempos de procura
já cansada pelos insucessos, marcados em cada palmo
do corpo.
Sentir-se esmorecer as propostas de continuar por
não mais saber começar. Desaprender as trocas dos pas-
sos. Não se arriscar a recair.
Buscar o aconchego da solidão incomoda, converter-
-se ao isolamento por crer na facilidade maior de
sofer SÓ.
Entristecer.
Julio Vianna
19/05/1980
17.6.09
Inscription à :
Publier les commentaires (Atom)
1 commentaire:
Aqui está nosso queridíssimo Julinho reencontrando o sabor e a cor das palavras, e com exactitude, nos dando o prazer de sua companhia.
Sabemos que há mais 'partos' a serem re.partidos conosco.
Se é para ser "prisioneiro' que sejamos, todos, do amor e da poesia.
;)
Enregistrer un commentaire