17.6.09

Prisioneiro

Deixar fluir pelos poros
o desalinho dos pensamentos
de voltar, abraçar e chorar.

Fazer ficar no corpo
a sensação do ultimo toque como
instantaneo, na parede, amarelado.

Sentir no nascer do dia
a esperança de reencontrar o passo
perdido na inesperada despedida.

Procurar no aconchego do entardecer
a força serena da certeza,
de saber possível a existência

Entregar a vida a si propria
e sorver em cada minuto
os riscos de saber querer
o encontro definitivo,
o quebrar dos grilhões da mente,
a liberdade de amar,
por amar.

Julio Vianna
06/08/1981

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