Deixar fluir pelos poros
o desalinho dos pensamentos
de voltar, abraçar e chorar.
Fazer ficar no corpo
a sensação do ultimo toque como
instantaneo, na parede, amarelado.
Sentir no nascer do dia
a esperança de reencontrar o passo
perdido na inesperada despedida.
Procurar no aconchego do entardecer
a força serena da certeza,
de saber possível a existência
Entregar a vida a si propria
e sorver em cada minuto
os riscos de saber querer
o encontro definitivo,
o quebrar dos grilhões da mente,
a liberdade de amar,
por amar.
Julio Vianna
06/08/1981
17.6.09
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