11.4.10

Nunca um talvez!

Não me dês esperança se não queres
Que eu te corteje como terno amante.
Porque só quero a ti, dentre as mulheres,
E só por ti é meu amor constante.

Não me enganes, por Deus, pois se o fizeres
Terás igual destino logo adiante.
Não me dês esperança se me queres
Apenas por capricho de um instante.

Desilude-me agora, não me tentes
Com olhares de amor inconfidentes,
Antes mata-me o sonho de uma vez.

Lutei e resisti o quanto pude,
Hoje, quero a verdade, inda que rude,
Em lugar da tortura de um talvez...


Rodrigo Thomaz