11.5.09

Soneto do Amor Imortal

Não sei porque foste dizer-me um dia,
De maneira sincera e inclemente,
Que de tudo restara, tão somente,
Amizade, pois amor não mais havia.

Teu olhar falava, mas eu não cria
Que tais palavras soltas, imprudentes,
Pudessem sepultar o amor luzente
Que no coração meu tão quente ardia.

O amor em meu peito eu já sabia
Ser imortal e, portanto, não podia
Perecer por tolice ou vaidade.

A buscar-te lancei-me em batalha,
Do desamor rasguei a vil mortalha,
Pois que te quero e amo de verdade.


Rodrigo Thomaz

08/05/2009