22.5.09

Canção da despedida

Eu que jurei por minh' alma
Guardar-te das dores da vida,
Causei-te a dor mais doída.
Para isso não há o perdão!

A chaga aberta em tu' alma,
O tempo não a cicatriza.
Nem mesmo ele ameniza:
É dano sem reparação!

A alma ferida não sangra,
Mas verte a mágoa sentida
Em gotas de dor incontida;
Em gotas de desilusão...

Desilusão que à alma esgarça,
Deixando-nos apenas carcaça,
Sem pouso, sem rumo, sem chão.


Rodrigo Thomaz

1 commentaire:

Cláudio Rangel a dit…

Eu já conheço este verve, mas, surpreendo-me cada vez mais.