Música de rádio nos ouvidos
canção de liberdade n'alma
nas mãos os calos daqueles duros dias
quando o nada era tudo.
Quando o escrito era lei
e o grito o algoz.
Som de novo
a fazer barganhas impossíveis,
a trazer nas nuvens o sol raiado,
um pouco do absurdo de todos nós,
sorvidos em pequenos goles de cálice seco
evaporado pelo calor de nosso tédio
pelo ardor de nossa ira
ou pelo amor de nossos filhos, sei lá.
Do discurso louco de cada um,
um trecho de verbo forte,
um mundo de horizontes sem luz própria
e a lanterna do universo apagada na mão.
Julio Vianna
15.8.09
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