Por que só eu, meu Deus, entre os mortais,
Carrego gravada em minha retina
Uma constante imagem feminina;
Por que só eu, meu Deus, e ninguém mais?
Por que todos no mundo, meus iguais,
Por crerem em Vós já não são cativos
De qualquer paixão, por Vós redivivos;
Por que não eu, a quem também amais?
Eu, que tenho convosco uma aliança
Forjada em minh'alma quando criança;
Por que a mim, meu Deus, me castigais?
Retireis dos olhos meus tal maldição;
Livrai-me destas algemas ou, então,
Por favor fechai-os, até nunca mais!
Rodrigo Thomaz